terça-feira, 26 de março de 2019

SEGURANÇA PÚBLICA TAMBÉM É PRIORIDADE


Como é possível despertar o interesse sadio pela profissão de policial se no Brasil eles são mal remunerados, e menosprezados em reformas importantes como a da previdência?

Não somos um país belicoso em relação aos nossos vizinhos mas, internamente, vivemos o cotidiano do medo, graças à ousadia e violência dos criminosos.

Em alguns estados foram realizadas intervenções federais, com o uso das Forças Armadas para solucionar o problema, mas não adiantou.

É preciso ter em mente que o atual modelo de Segurança Pública se esgotou, e que tanto o governo federal como os estaduais não ofereceram nenhuma alternativa para ele. Todos sabem o tamanho do problema, mas insistem nos paliativos. Nada de restruturação de carreiras; nada de valorização salarial; nada de previdência condizente com a relevância social da atividade policial, que é muito maior, com todo o respeito, que a das Forças Armadas.

O Brasil necessita de várias reformas, e uma delas é na Segurança Pública: discutir a estrutura necessária, a quantidade de polícias, as suas atribuições e circunscrição, bem como os limites de atuação funcional. Precisamos simplificar a babel que hoje existe no setor, com atribuições usurpadas, conflitantes e efetivos sempre insuficientes para dar segurança ao povo.

Não adiantam leis mais rigorosas, se os primeiros responsáveis por fazer com que sejam cumpridas estão definhando, impotentes, sem recursos e apoio do próprio Estado. É a mesma fórmula velha e esfarrapada que não gerou resultado algum até agora.

Enquanto o governo se preocupa apenas com o futuro, deveria também ocupar-se em manter vivos e salvos aqueles que hoje tentam sobreviver e custeiam, com o seu trabalho, toda a jornada até o amanhã: os cidadãos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário