A reforma da previdência é o foco das atenções do governo, que demonstra não haver salvação fora dela.
Por conta disso, nem da reforma tributária, essa sim, crucial para o país, se tem falado nos últimos meses, deixando na obscuridade uma das mentes mais brilhantes do setor, que é o economista Marcos Cintra.
Como a dose de arrochomproposta pelo governo na reforma da previdência é cavalar, já começam a surgir especulações sobre alterações, que deverão ocorrer, até para que o presidente não passe por mentiroso perante a população e segmentos da segurança pública, em razão das promessas de campanha.
No tocante à previdência social, ao contrário do que muitos pensam, o problema, no caso do serviço público, não está na contribuição em si, que é automática e descontada em folha de pagamento. A questão maior, que realmente preocupa, repousa na gestão dos recursos captados.
A julgar pela realidade exposta, o déficit existente decorre da má gestão dos recursos pelos governo, e daí vem a pergunta: quais medidas o governo pretende adotar, quais as amarras que serão criadas no sistema de modo a coibir desvios e a resguardar o patrimônio dos trabalhadores e servidores públicos de má gestão?
Objetivamente nada foi anunciado até o momento, quanto a mudanças que garantam segurança para os recursos captados, até porque isso implicaria em impedir o próprio governo de por as mãos neles.
É preciso cuidado quando se facilita a realização de mudanças tão profundas na vida das pessoas. Não se pode, ainda, subestimar o senso crítico da sociedade, achando que pacificamente o governo vai apertar grilhões nos pés da população sem reclamos desta. Que se faça a reforma, porém, com regras de transição justas e respeito verdadeiro à condição humana, sem zombar da inteligência de ninguém.
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