Nada a comemorar. Esse é o retrato fiel do dia 08 de Março no Brasil, data em que mundialmente se comemora o Dia Internacional da Mulher.
Com mulheres mortas e violentadas aos montes, a ponto de se mudar o Código Penal criando novos tipo de crime, é quase inacreditável que a data tenha algum valor real no Brasil, além do comercial.
A mentalidade selvagem e medíocre de vários homens, que se veem como proprietários de suas namoradas, noivas e mulheres, retrata bem o quadro lúdico em que vivemos, em pleno século XXI.
Também contribui para tanto certa falta de amor próprio, de bom senso e algum comodismo vistos em várias mulheres. Seja por medo de ficar só, ou receio de não ter como sobreviver, muitas mulheres se sujeitam a comportamentos abjetos de seus companheiros, com prejuízo de sua integridade física ou moral.
Se de um lado temos uma legião de monstros, do outro tem-se espíritos confusos, ora totalmente inocentes e até infantis, mas que também podem se prejudicar por conta do interesse em uma vida com regalias, em que pese os maus tratos.
De qualquer modo, o assunto é extenso, palpitante e, infelizmente, crescente, ao menos no Brasil. A impressão que se tem é a de que a divulgação dos casos gera um efeito contrário ao esperado, dado o crescimento exacerbado das ocorrências.
Até que o universo masculino se conscientize da importância do respeito no trato da figura feminina, teremos muitas homenagens nesta data, só que cada vez mais em clima de velório.
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