Não há motivo para a classe trabalhadora comemorar a aprovação da reforma da previdência social.
Silentes e passivos em sua maioria, os trabalhadores de vários segmentos da sociedade somente sentirão os efeitos nefastos da reforma atual quando tentarem se aposentar, daqui a alguns anos, e não conseguirem, pois as fórmulas agora aprovadas inviabilizarão o pleito.
Aos parentes dos atuais TREZE milhões de desempregados do país, ficam registrados os meus pêsames, pois muitos deverão morrer sem conseguir se aposentar, já que, para tanto, deverão contar com vinte anos de contribuição, os que é um milagre em um país com a sazonalidade de empregos como o nosso.
Ao invés de começar cobrando devedores, estabelecendo uma reforma tributária e uma reforma administrativa do Estado, o governo atual optou pelo remédio mais duro, sobretudo aos pobres.
Setores cruciais do serviço público , como as polícias, foram seriamente prejudicados, o que significa que a qualidade dessa prestação de serviço deve piorar, pois não há atrativos para as carreira policiais.
Enfim, mais uma vez o povo se vê apunhalado pelas costas e só perceberá o ocorrido daqui a alguns anos, quando todo o sangue já tiver se esvaído do corpo; em completo silêncio.
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